Crianças com déficit de atenção.

O que é TDA?

É uma disfunção neurobiológica.  Os neurotransmissores, dopamina
enoradrenalina que são substâncias químicas do cérebro e transmitem informações entre as células nervosas, encontram-se diminuídos, fazendo com que a atividade do córtex pré-frontal seja menornos portadores de Transtorno de Déficit de Atenção (TDA). 


Essa região do cérebro supervisiona as funções de observar, guiar, direcionar, inibir o comportamento, organiza, planeja, faz a manutenção da atenção e do autocontrole.
Você sabia que o TDA é um problema mais visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída)? Estudos apontam para a genética como uma das causas relacionadas ao transtorno.E em menor grau há fatores do meio ambiente que podem estar relacionados ao TDA, veja:
1.      A nicotina e bebidas alcoólicas consumidas pela mãe na gestação.
2.    Crianças expostas ao chumbo entre 12 e 36 meses de idade.
3.    Traumatismos neonatais como hipoxia (privação de oxigênio), traumas obstétricos, rubéola intra-uterino, encefalite, meningite pós-natal, subnutrição e traumatismo craniano.
4.    Agitação do dia a dia.
Atenção! Estima-se que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem TDA.Na maioria das vezes é percebido quando a criança inicia atividades de aprendizado na escola, pelos professores das séries iniciais, quando o ajustamento à escola mostra-se comprometido. 
Importante! O TDA pode não ser superado na adolescência: cerca de 65% das crianças diagnosticadas como portadoras TDA continua com os sintomas quando atinge a idade adulta.

Quais são os sintomas da pessoa desatenta?
Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais – DSM-IV,uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno, quando tem a maioria destes sintomas ocorrendo em suas atividades:
1.    Frequentemente não dá a atenção devida a detalhes ou comete erros típicos de descuido na escola, no trabalho ou em outras atividades.
2.   Frequentemente tem problemas em manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas.
 3.   Frequentemente parece não dar ouvidos quando lhe dirigem a palavra.
4.   Frequentemente não segue instruções e falha em concluir tarefas escolares, pequenas tarefas ou obrigações no trabalho (não devido a oposição ou não compreensão das instruções).
5.   Frequentemente tem problemas organizando atividades.
6.   Frequentemente evita, não gosta ou não quer fazer coisas que exigem tempo e esforço mental.
7.   Frequentemente perde coisas necessárias para as tarefas e atividades (ferramentas, brinquedos, canetas, livros, etc).
8.   Frequentemente se distrai.
9.   Frequentemente esquece atividades do dia-a-dia.
10.                     Frequentemente esquece senhas, informações pessoais.


Crianças diagnosticadas por profissionais com TDA precisam de organização, de estrutura, de diretrizes e de repetições. Então, é importante estabelecerregras e deixa-las expostas de uma forma apelativa para que seja visualizada com frequência pela criança, o que transmite segurança e ajuda a ela saber o que se espera dela.
Mas atenção! As regras devem sempre ser mencionadas de forma positiva.  Deve-se retornar a elas toda vez que seja desrespeitada, esquecida. As crianças necessitam ouvir com frequência, por isso repita, fale, retome quantas vezes forem necessárias, seja incansável.

Sugestões para o dia a dia

Em casa


·        Sempre que a criança atingir um objetivo elogiar, elaborar uma forma de compensação como prêmios cada vez que atinge os objetivos. Os critérios de avaliação devem ser aumentados gradualmente.
·        Dar retorno dos resultados das atividadesvalorizando o positivo. Assim a criança sabe se está atingindo as metas esperadas, o que pode ser um excelente incentivo e permite interiorizar o que ela tem de fazer.
·        Jamais mencionar o que não se espera que a criança realize.
·        Geralmente quando a criança apresenta déficit de atenção ela também pode apresentar baixa autoestima.  Para trabalhar com esta situação é imprescindívelos incentivos e apoios contínuos, não apenas quando ela conclui tarefas, mas durante a realização das mesmas. Valorizar mais o esforço que o resultado final.
·        Nunca fazer comentários depreciativos. Quando for necessário, criticar o comportamento específico, mostrando, no que ela pode melhorar e, de uma forma pedagógica (não gritar ou mostrar-se nervoso e irritado com ela), mostrar-lhe a forma correta de agir. Faça perguntas como Sabe o que você fez?ouDe que forma diferente você poderia ter feito?ajudama promover a auto-observação.

·        Propor atividades rápidas e ir graduando a dificuldade e a duração, assim ela desenvolve a aprendizagem da organização.
·        Divida em partes as grandes tarefas para que estas não gerem o sentimento de frustação do eu não sou capazna criança com déficit de atenção.

Em sala de aula:
·        Deixar a criança sempre próxima do professor para evitar a distração.
·        Colocá-la próxima de outras crianças concentradas, pois ela necessita de modelos para se estimular.
·        Dispor as mesas em círculo, em semicírculo, deixando a criança com a visão do todo, isso evita a dispersão.
·        Escrever palavras chaves no quadro enquanto aborda um assunto.  Sempre que possível usar a metodologia visual.
·        Ser criativo e procurar inovar, tal entusiasma as crianças, ajuda a motivar e a manter a atenção.
·        Alternar atividades mentais e físicas.
·        Evitar chamar à atenção verbal, trocar essa atitude por um simples olhar, que ajuda a criança a manter-se atenta, ou ainda um pequeno toque físico quando esta se distraí (Ex.: leve toque no ombro).
·        Promover a prática de exercícios físicos ajuda a liberar o excesso de energia e contribuí para o aumento da capacidade de concentração.
·        A comunicação Família/Escola deve ser construtiva e preventiva. Não relacionar-se com a família e vice-versa, após a ocorrência de dificuldades.
Sugestão de links complementares: